segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

I remember faces, not names!




Eis uma frase que tenho visto muitos falando nesse início de semestre; “Eu lembro de rostos, não de nomes”. Após as curtas férias, reencontramos colegas com a sensação de que há anos não os vemos. São pessoas que entraram a pouco tempo em nossa vida e, por mais familiar sejam, não fazemos mais ideia do nome delas.

Meu problema, porém, vai além do abrangência da famosa frase. Então, a partir de hoje, me defino com a seguinte frase: “Não lembro nomes, tal como não lembro rostos”.

Após uma péssima noite de sono, sento na fileira da frente, aguardando a professora de francês. Contrastando com a meu semblante cansado e desmotivado, entra uma garota alegre e radiante, que parece me cumprimentar.

“Quem diabos é essa?”. Perco 1 segundo para despertar e fazer essa profunda reflexão. Após a pausa necessária, aceno de volta, sem a menor naturalidade. Ela passa por mim e senta ao lado de Érica.

Sim! A Alemã amiga de Érica! Eu havia trocado duas palavras com Érica no final da aula passada e, se bem lembro, ela participou de alguma forma. “Não havia prestado muita atenção nela”, foi a desculpa que dei a mim mesmo pela minha falha.

Algum tempo se passa e senta-se ao meu lado um cara, que me cumprimenta. Pergunto se ele havia recebido minha mensagem, o que pareceu tê-lo deixado confuso e surpreso. Perguntei se seu nome era “Ricardo Garcia Ramirez” (pois eu poderia ter contatado o Ricardo errado). “Me chamo Basílio” – ele respondeu.  Acabo percebendo que aquele mexicano não era o tal Ricardo que havia conversado comigo semana passada; E o pior de tudo: Érica, que estava logo atrás de mim, conhece o tal Ricardo, e certamente percebeu meu vexame.

Basílio, ainda desnorteado, olha para o papel deitado sobre minha mesa e pergunta se a mensagem estava relacionada a atividade de casa. Sem conseguir disfarçar minha agonia, confirmo a mentira que ele me ajudou a criar e, tranquilizo-o, afirmando que já havia resolvido o problema.

Quando comecei a escrever esse texto, lembrei que, em certa ocasião, Érica havia me corrigido quando eu escrevia seu nome. Fui então procurar seu nome em um papel que usei para entrevistar vários alunos durante uma atividade de classe. Percebo um nome familiar no papel:  Basílio. Ah! então foi assim que eu o conheci! Sim, eu acabei de descobrir.

 Quanto a Érica, não encontrei seu nome no tal papel, e estou agora tentando lembrar que tipo de situação foi essa, na qual escrevi seu nome e ela me corrigiu.

Conheci todas essas pessoas na semana passada, e elas já estavam tão distante em minha memória... Como, então, não perdoar as pessoas que iniciam o semestre com a frase famosa frase? =)


I remember faces, not names!




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