terça-feira, 15 de novembro de 2016

Installing Intel XDK on Fedora 24 XFCE spin

I did face many problems when trying to install Intel XDK on Fedora. I don't really have the time to explain everything in detail, so I will just spit the solutions here, for future reference.


Avoid installer's error message, regarding GTK


  1. Download Intel XDK
  2. Extract it
  3. open the extracted folder
  4. install rpm/intel-xdk-pset-3641.0-0.noarch.rpm
  5. extract rpm/intel-xdk-3641.0.0.tgz
  6. move the new extracted files to /opt/intel/XDK/

Install the old openssl 1.0.0, so XDK can launch

Downgrading openssl to 1.0.0 is not advised, since many other programs should the need the new (and already installed) openssl version.

So, we're going to install it openssl 1.0.0 from source, while keeping the new openssl version untouched.

Also, we're installing it in an isolated path (to avoid conflits) and without documentation (to avoid errors during the install). Finally, we're setting the shared flag (on ./config), so it installs the .so files.

  • Download OpenSSL 1.0.0
  • Extract it
  • open the extracted folder
  • ./config shared --prefix=/opt/old/openssl/1.0.0 && make && sudo make install_sw
  • add Symbolic Links, so XDK can find it
    • sudo ln -s /opt/old/openssl/1.0.0/lib64/libssl.so.1.0.0 /lib64/libssl.so.1.0.0 && sudo ln -s /opt/old/openssl/1.0.0/lib64/libcrypto.so.1.0.0 /lib64/libcrypto.so.1.0.0

Fix libudev symbolic link

  • sudo rm /opt/intel/XDK/libudev.so.0
  • sudo ln -s /lib64/libudev.so.1 /opt/intel/XDK/libudev.so.0

Create Shortcut in XFCE Launcher

This step is for the XFCE Desktop Environment. Unity, Gnome, KDE, etc. may use a different approach.

Some people say that xdk.sh should be open from the root folder. While I couldn't verify that, I blind followed this advise by creating a custom launcher script (that has a cd cmd).

Create the following files:

/opt/intel/XDK/xdk_launcher.sh
cd /opt/intel/XDK/
./xdk.sh

~/.local/share/applications/intel-xdk.desktop
[Desktop Entry]
Version=1.0
Type=Application
Encoding=UTF-8
Exec=/opt/intel/XDK/xdk_launcher.sh
Icon=/opt/intel/XDK/icon.png
StartupNotify=false
Categories=X-XFCE;X-Xfce-Toplevel;
OnlyShowIn=XFCE;
Name=Intel XDK
Comment=Intel HTML5 IDE

Give execution permission to /opt/intel/XDK/xdk_launcher.sh

Put an icon in the path /opt/intel/XDK/icon.png
you may use this one.


You may now launch Intel XDK from the XFCE Launcher, and everything should work properly.
Hope it worth the effort ( haven't tried it yet =] )

obs.: Se alguém realmente chegar a ler isso e precisar de instruções em português, só pedir x)

Installing Intel XDK on Fedora 24 XFCE spin

I did face many problems when trying to install Intel XDK on Fedora. I don't really have the time to explain everything in detail, so I will just spit the solutions here, for future reference.


Avoid installer's error message, regarding GTK


  1. Download Intel XDK
  2. Extract it
  3. open the extracted folder
  4. install rpm/intel-xdk-pset-3641.0-0.noarch.rpm
  5. extract rpm/intel-xdk-3641.0.0.tgz
  6. move the new extracted files to /opt/intel/XDK/

Install the old openssl 1.0.0, so XDK can launch

Downgrading openssl to 1.0.0 is not advised, since many other programs should the need the new (and already installed) openssl version.

So, we're going to install it openssl 1.0.0 from source, while keeping the new openssl version untouched.

Also, we're installing it in an isolated path (to avoid conflits) and without documentation (to avoid errors during the install). Finally, we're setting the shared flag (on ./config), so it installs the .so files.

  • Download OpenSSL 1.0.0
  • Extract it
  • open the extracted folder
  • sudo ./config shared --prefix=/opt/old/openssl/1.0.0 && make && make install_sw
  • add Symbolic Links, so XDK can find it
    • sudo ln -s /opt/old/openssl/1.0.0/lib64/libssl.so.1.0.0 /lib64/libssl.so.1.0.0 && sudo ln -s /opt/old/openssl/1.0.0/lib64/libcrypto.so.1.0.0 /lib64/libcrypto.so.1.0.0


Create Shortcut in XFCE Launcher

This step is for the XFCE Desktop Environment. Unity, Gnome, KDE, etc. may use a different approach.

Some people say that xdk.sh should be open from the root folder. While I couldn't verify that, I blind followed this advise by creating a custom launcher script (that has a cd cmd).

Create the following files:

/opt/intel/XDK/xdk_launcher.sh
cd /opt/intel/XDK/
./xdk.sh

~/.local/share/applications
[Desktop Entry]
Version=1.0
Type=Application
Encoding=UTF-8
Exec=/opt/intel/XDK/xdk_launcher.sh
Icon=/opt/intel/XDK/icon.png
StartupNotify=false
Categories=X-XFCE;X-Xfce-Toplevel;
OnlyShowIn=XFCE;
Name=Intel XDK
Comment=Intel HTML5 IDE

Put an icon in the path /opt/intel/XDK/icon.png
you may use this one.


You may now launch Intel XDK from the XFCE Launcher, and everything should work properly.
Hope it worth the effort ( haven't tried it yet =] )

obs.: Se alguém realmente chegar a ler isso e precisar de instruções em português, só pedir x)

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Imprimir Frente e Verso, Sem Ajuda de Software

Hoje precisei imprimir vários documentos frente e verso. Porém, o software me deixou na mão, então tive que observar seu comportamento e fazer o processo manualmente. Segue um resumo:


  • Imprima as páginas pares em ordem reversa
  • Recoloque na impressora o bloco já impresso, para imprimir agora no verso
  • Imprima as páginas impares, em ordem normal

Exemplo:

  • Imprima a seguinte seleção de páginas: 10,8,6,4,2
  • Recoloque o bloco impresso na bandeja de impressão, com o verso virado de modo que ele receba a impressão.
  • Imprima a seguinte seleção de páginas: 1,3,5,7,9
Pronto, o conteúdo estará distribuído nos dois lados das folhas, e já estará ordenado, pronto para ser grampeado. 

Alguns programas parecem limitar o número de intervalos de impressão. Hoje, por exemplo, eu só podia determinar 10 páginas a serem impressas, por vez. Em casos como esse, siga o exemplo hipotético abaixo, adaptando a sua situação:

Para um documento de 32 páginas, aonde se possa determinar apenas 10 páginas por vez, faça o seguinte:
  • Imprima a seguinte seleção de páginas: 32,30,28,26,24,22
  • Imprima a seguinte seleção de páginas: 20,18,16,14,12,10,8,6,4,2
  • Recoloque na bandeja de impressão o bloco de folhas formado por todas as páginas impressas nas 2 etapas anteriores.
  • Imprima a seguinte seleção de páginas: 1,3,5,7,9,11,13,15,17,19
  • Imprima a seguinte seleção de páginas: 21,23,25,27,29,31
Novamente, o conteúdo estará aproveitando bem as folhas, e o bloco já estará pronto para ser grampeado.



sexta-feira, 17 de junho de 2016

Clonezilla - Como Clonar um Sistema dividido em 2 Discos para 1 Só

ATENÇÃO: Escrevi esse post para utilizar como referência no futuro. Descrevo a solução para uma situação muito específica minha, e a explicação da solução está muito atropelada em vários pontos. Decidi tornar público pois há a chance de alguém conseguir se beneficiar de alguma informação que coloquei aqui. Mas no geral, esse não é um guia para ser seguindo pelo público geral, e não me responsabilizo por qualquer dano causado aos seus equipamentos ou dados, ao tentar seguir o que descrevi aqui. 

ATENÇÃO: Como hoje utilizo uma nova Instalação, com layout de partições ligeiramente diferente, e com uma instalação do Fedora, algumas informações estarão escritas nesse guia em azul, para que eu saiba o que fazer ao clonar minha nova instalação. Como as informações não estão de acordo com layout exibido aqui e o restante das informações, um eventual leitor dessa guia, pode ignorar todas essas infos.



Trata-se de uma situação bem particular. Sempre que viajo, ou vou a eventos de programação, tenho o hábito de clonar o HD do meu PC para o Notebook. Uma maneira bruta, porém de levar meu ambiente de trabalho comigo, quando eu precisar. Além do notebook se tornar um ótimo backup.
Isso era fácil quando tanto meu PC, quanto meu Notebook tinham apenas 1 HD de 1 TB cada.
Recentemente, adquiri um SSD de 120GB, para agilizar o boot e principais programas dos meus sistemas. Isso gerou um layout bem mais complicado:

SSD 120GB:

 HD 1TB:

Descrição das Principais Partições:
  • sda2: Responsável pelo boot UEFI tanto do Windows quanto do Linux
  • sda4: "C:" do Windows: Partição do Sistema e dos aplicativos mais importantes
  • sda6: / (root) do Linux (openSUSE). a /home também está montada aí. *
  • sdb1: /hd do Linux (openSUSE). Tudo da /home que não requer velocidade, tem um symlink apontando pra cá.
  • sdb2: H: do Windows. Segue uma lógica semelhante da mencionada acima, na sdb1 **
  • sdb3: Partição usada para troca de dados entre os OS, e para ocupar espaço, evitando que a soma das demais partições supere 1TB (mais sobre isso adiante)  ***
* Ao invés de colocar toda a /home no HD, resolvi manter no SSD tudo que demandasse velocidade, e criei symlinks na /home, que apontam para o HD. Dentro desses symlinks, salvo tudo que julgo não necessitar de velocidade de leitura/gravação. Ex.: "Downloads, Fotos, Vídeos, etc..."
** Esquema bem semelhante ao citado acima, só que para Windows. Algumas pastas relevantes ao sistema, como a "Desktop", estão salvas diretamente no HD.


Eu costumava utilizar o clonezilla para clonar o PC para o Notebook. Porém, com esse novo esquema de discos e partições, precisei enfrentar algumas limitações do programa:
  • O clonezilla é projetado para ser restaurado para as mesmas partições/localizações que foi feito o backup. ex: sda2 para sda2. sdb1, para sdb1, etc...
  • A soma de todas as partições do PC, ultrapassam os 1 TB do Notebook. Isso é também um grande obstaculo para o clonezilla.

Solução:

  • *** Aproveitando o fato da partição "trade" não ser vital para o sistema, fiz com que ela tivesse um tamanho um pouco maior que o SSD. Sendo assim, o conjunto de todas as partições do SSD e do HD (com exeção da trade), ficaram abaixo dos 1 TB que cabe no notebook.
  • Para poder clonar as partições do HD (sdb1 e sdb2) para o SSD (como sda7 e sda8), utilizei o restore de partições (no clonezilla), aonde restaurei uma partição por vez. Se for solicitada a restauração de duas ou mais partições, o clonezilla não dará a opção de escolher para qual partição restaurar.

Passo a Passo:

  • Baixe e grave em um CD a ultima versão stable do Clonezilla
  • No PC, der boot no Live CD do Clonezilla, e com a ajuda de um HD externo, faça o seguinte:
    • Salve o Disco SSD (sda) inteiro (save disk), em uma imagem, no HD externo
    • Salve uma outra imagem com  as partições sdb1 e sdb2 (save to part) no HD externo

  • No Notebook, der boot no Live CD do Clonezilla, e com a ajuda de um HD externo, faça o seguinte:
    • Restaure a imagem do SSD (sda1) para o HD to notebook, utilizando a função restore from disk
  • Após clonar as partições do SSD, precisaremos preparar a tabela de partições do notebook, para receber os clones das partições do HD do PC. Para isso, no notebook, abra o GParted (em algum live cd, como o do Lubuntu) e faça o seguinte:
    • O GParted vai informar que o HD do notebook não está utilizando todo o espaço disponível, e vai pedir permissão para concertar isso.
      • Permita, responda sim.
    • No espaço livre que o GParted detectou, iremos criar as partições que temos no sdb do PC:
      • Crie uma Partição XFS, de 716800 MB com o label "HD openSUSE" 
      • Crie uma Partição NTFS, de 102400 MB com o label "HD Windows 10"
      • Crie uma Partição FAT32, ocupando o espaço restante, seu label será "HD Trade"
      • Clique no checkmark para aplicar todas as alterações. 
Agora poderemos finalmente clonar as partições do antigo sdb, para o HD do notebook:
    • No Notebook, der boot no Live CD do Clonezilla, e com a ajuda de um HD externo, faça o seguinte:
      • Selecione "restore from partition", e escolha a imagem das partições do HD do PC (sdb).
        • Quando perguntado quais partições deseja restaurar, selecione apenas a sdb1
        • Na tela seguinte, informe que quer salva-la em cima da partição sda7 que você criou. (sda6 no fedora)
        • Aguarde a operação completar com sucesso.
      • Selecione "restore from partition", e escolha a imagem das partições do HD do PC (sdb).
        • Quando perguntado quais partições deseja restaurar, selecione apenas a sdb2
        • Na tela seguinte, informe que quer salva-la em cima da partição sda8 que você criou. (sda7 no fedora)
        • Aguarde a operação completar com sucesso.
    A partição Trade não é relevante, então não precisa ser clonada. Sem falar que, no notebook, seu tamanho é menor do que no PC. Então clona-la causaria problemas.


    Após isso, tive o problema Grub ter sido ignorado, e o só estar conseguindo dar boot no Windows.
    Para resolver esse problema:

    • Baixe e grave o Super Grub2 Disk em um CD (ou utilize algum pacote que o tenha, como o Hiren's Boot)
    • No notebook, der o boot no Super Grub2 Disk, e selecione as seguintes opções:
      • Detect and show boot methods
      • (hd0,gpt2)/efi/opensuse/grubx64.efi (hd0,gpt2) (caso esteja usando o fedora: (hd0,gpt2)/efi/fedora/grubx64.efi (hd0,gpt2))
    Isso fará com que o OpenSUSE inicie. Já dentro do OpenSUSE, reconfiguraremos o GRUB2 (menu de boot, que permite escolher entre Windows e Linux):
    • No Fedora:
      • dnf install grub2-efi-modules (ACHO QUE NÃO PRECISA)
      • grub2-install /dev/sda (ACHO QUE NÃO PRECISA)
      • sudo grub2-mkconfig -o /boot/grub2/grub.cfg
    • Abra um terminal, e digite: 
      • sudo grub2-install /dev/sda
    • Caso use o openSUSE, abra o YaST Control Center, e:
      • System > Boot Loader > Next > Ok
    Últimos Ajustes

    Para evitar que conflito entre o nome das máquinas (na rede), é interessante trocar o hostname tanto no Windows quanto no Linux do Notebook. Segue o caminho para tal nos dois sistemas:
    • openSUSE: YaST > System > Network Settings > Hostname/DNS tab > Hostname
    • Fedora: sudo hostnamectl set-hostname --static "CoinNote"
    • Windows 10:
      • Control Panel > System and Security > System> Change Settings > Change > Computer Name
    O Windows 10 montou a partição H: (sdb2 / sda8) como D: E:. 
    Caso isso aconteça, deve-se alterar a letra da Unidade E: para H:
    • Start > searchs for "administrative tools" > Computer Management > Disk Management > 
      • Clique com o Botão direito no "HD Trade" >  Change Driver Letters and Path > Change... > no dropdown menu seleciona "T" > sai dando Ok em tudo que aparecer.
      • Clique com o Botão direito no "HD Windows" >  Change Driver Letters and Path > Change... > no dropdown menu seleciona "H" > sai dando Ok em tudo que aparecer.
    Fedora:

      DDNS Update
    • gvim ~/.config/cron/ddns_update.py
      • altere a variável 'record' (line 10) para "coinnote" 
     Syncthing
    • remote certificates to change ID
      • rm ~/.config/syncthing/cert.pem 
      • rm ~/.config/syncthing/key.pem
    • chrome > http://localhost:8384
      • Actions > Settings
        • Device Name = CoinNote
        • API Key > Generate
        • GUI Theme > Dark
        • Save (Button)
      • Reboot Notebook
    • In CoinPC syncthing's interface, accept the CoinNote invite
    • In http://192.168.0.41:8384 syncthing's interface, accept the CoinNote invite
    • In notebook > chrome > http://localhost:8384
      • Remote Devices > CoinNote > Edit
      • Device Name = CoinPC
      • Save (button)

    E finalmente chega o alívio. Parabéns, tudo deve estar funcionando perfeitamente agora =)

    ------------------------------------------------------------------

    Futuros Clones

    Bom, a clonagem que antes era simples, agora passou a ser um processo trabalhoso e complexo.
    Porém, agora que tudo está estruturado, acredito que seja possível contornar essa dificuldade:

    Basta clonar apenas as partições que sofreram alterações. Ou até mesmo clonar todas as partições relevantes, de uma em uma (Linux root, Linux hd, Windows C:, Windows HD  ou  sda4, sda6, sdb1, sdb2).

    Por mais que pareça algo repetitivo e ainda complicado, me parece bem mais suave do que repetir todo o processo descrito anteriormente.


    segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

    I remember faces, not names!




    Eis uma frase que tenho visto muitos falando nesse início de semestre; “Eu lembro de rostos, não de nomes”. Após as curtas férias, reencontramos colegas com a sensação de que há anos não os vemos. São pessoas que entraram a pouco tempo em nossa vida e, por mais familiar sejam, não fazemos mais ideia do nome delas.

    Meu problema, porém, vai além do abrangência da famosa frase. Então, a partir de hoje, me defino com a seguinte frase: “Não lembro nomes, tal como não lembro rostos”.

    Após uma péssima noite de sono, sento na fileira da frente, aguardando a professora de francês. Contrastando com a meu semblante cansado e desmotivado, entra uma garota alegre e radiante, que parece me cumprimentar.

    “Quem diabos é essa?”. Perco 1 segundo para despertar e fazer essa profunda reflexão. Após a pausa necessária, aceno de volta, sem a menor naturalidade. Ela passa por mim e senta ao lado de Érica.

    Sim! A Alemã amiga de Érica! Eu havia trocado duas palavras com Érica no final da aula passada e, se bem lembro, ela participou de alguma forma. “Não havia prestado muita atenção nela”, foi a desculpa que dei a mim mesmo pela minha falha.

    Algum tempo se passa e senta-se ao meu lado um cara, que me cumprimenta. Pergunto se ele havia recebido minha mensagem, o que pareceu tê-lo deixado confuso e surpreso. Perguntei se seu nome era “Ricardo Garcia Ramirez” (pois eu poderia ter contatado o Ricardo errado). “Me chamo Basílio” – ele respondeu.  Acabo percebendo que aquele mexicano não era o tal Ricardo que havia conversado comigo semana passada; E o pior de tudo: Érica, que estava logo atrás de mim, conhece o tal Ricardo, e certamente percebeu meu vexame.

    Basílio, ainda desnorteado, olha para o papel deitado sobre minha mesa e pergunta se a mensagem estava relacionada a atividade de casa. Sem conseguir disfarçar minha agonia, confirmo a mentira que ele me ajudou a criar e, tranquilizo-o, afirmando que já havia resolvido o problema.

    Quando comecei a escrever esse texto, lembrei que, em certa ocasião, Érica havia me corrigido quando eu escrevia seu nome. Fui então procurar seu nome em um papel que usei para entrevistar vários alunos durante uma atividade de classe. Percebo um nome familiar no papel:  Basílio. Ah! então foi assim que eu o conheci! Sim, eu acabei de descobrir.

     Quanto a Érica, não encontrei seu nome no tal papel, e estou agora tentando lembrar que tipo de situação foi essa, na qual escrevi seu nome e ela me corrigiu.

    Conheci todas essas pessoas na semana passada, e elas já estavam tão distante em minha memória... Como, então, não perdoar as pessoas que iniciam o semestre com a frase famosa frase? =)


    I remember faces, not names!




    quarta-feira, 5 de outubro de 2011

    Diários de RPG - Peter Masters - 000 Apresentação

    Apresentação – Peter Masters

     
    Antes de começar o relato desta história, farei uma breve apresentação.

    Meu nome é Peter Masters, escrevo livros, crônicas e artigos desde o tempo de colégio. Isso se tornou minha profissão há poucos anos quando precisei ter minha própria renda. Busco, em meu trabalho, elevar a condição do meu país através de estudos sociais que dão ainda mais visibilidade a toda sujeira que sobrevive da acomodação de um povo que se mostra satisfeito - já que nada faz a respeito – em ver seu país afundar, desde que receba meia vez por ano o aperto de mão de algum deputado.

     Hoje, tal como em minha infância, recebo bastante atenção das pessoas que estão longe de mim. Escrevo sempre sobre o meu país, mas parece que isso só é lido lá fora. Falando em “lá fora” tenho uma ligação pouco agradável com os Estados Unidos. Minha mãe é uma das filhas bastardas de Vernon Walters, adido americano que teve grande importância na implantação da ditadura militar no Brasil. Não nos deteremos em contar a história desse oficial ou refletir sobre aquela infeliz época de meu país, é suficiente dizer que a paixão de minha mãe pelos ideais americanos era tão irracional quanto à daquele Cearense, amigo antigo da família, que por tempos dominou meu país.

    Meu sobrenome não veio de um pai estrangeiro nem de uma homenagem disfarçada da minha avó, mas, da mente fértil de minha mãe. Ela dizia que Masters deveria ser o termo usado quando as pessoas estivessem se referindo aos “americanos”. Entendo que para ela eles não eram apenas os donos da “América”, mas os Masters de todo o mundo. Patético. Ainda mais ultrajante é o meu nome do meio. Este não uso, não consta em meus documentos, e em lugar algum irei revelar.

    Obviamente essa história é um segredo. Se este fosse revelado, certamente os descendentes reconhecidos do herói americano negariam tudo, a exemplo do que o pai sempre fez em vida. A exemplo, também, do que o pai do pai ainda faz.
    Não manterei nessa narrativa o alto nível de escrita que me tornou internacionalmente reconhecido. Afinal, não estou trabalhando, nem mesmo estou criando conhecimento. Apenas estou escrevendo.


    Vamos, então, a história...



    Referências e Citações

    OS EUA E A DITADURA MILITAR NO BRASIL: ESTRATÉGIAS DE DEFESA E DE SEGURANÇA DA “DEMOCRACIA”
    TempoPresente.org

    “A maior expressão da Guerra Fria na América Latina seguiu-se com a implantação de governos militares ditatoriais em grande parte de seus países. Isso na tentativa de conter os movimentos de esquerda que eclodiam e que carregavam a bandeira do socialismo. Assim as décadas de 1960 e 1970 foram turbulentas para as nações latino-americanas, em muitos países a democracia foi suprimida e a imposição de ditaduras foi um acontecimento freqüente. E nota-se claramente que os EUA tiveram participações importantes nas implantações e consolidação dessas ditaduras.”

    [...]

    “Isso foi impulsionado pela forte influência exercida por Cuba na América Latina. A idéia de comunismo e figuras marcantes como Fidel Castro e Che Guevara faziam das ideologias socialistas algo real e de grandes possibilidades de surtir efeito. Isso porque a história colonial escravocrata da região remete à exploração indígena, a exploração do trabalho negro, a dizimação de populações nativas, a desenfreada exploração dos recursos naturais e outros, que fazem do sentimento nacionalista e patriótico da população desses países, focarem a pobreza e a exploração e terem como uma ideologia a ser seguida, justamente a protagonizada pela URSS. (ARRUDA & PILETTI, 2005)”

    [...]

    “No Brasil, em especial, os EUA juntamente com o governo brasileiro da época, delineiam os passos políticos de cada um de uma forma a garantir a presença do capitalismo no bojo estatal e espantar de vez o “fantasma do comunismo” do país e da região.

    “Assim sendo, com o golpe de 64 e a ascensão ao poder de Castelo Branco, primeiro presidente militar, a história tomou um rumo diferente. Castelo era visivelmente pró-americano e promoveu um realinhamento da política externa brasileira, e isso deixou os norte-americanos eufóricos, que fazia com que o fluxo de investimentos no país fosse muito maior e chegassem a passam a ordem dos 600 bilhões de dólares.”


    Biografia de Vernon Walters
    Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC)

    “Em 1941 alistou-se no Exército e, nesse mesmo ano, com a entrada dos EUA na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), foi convocado, sendo logo destacado para o serviço de inteligência. Em 1944, com o desembarque dos contingentes brasileiros na Itália, foi designado oficial de ligação entre a FEB e o V Corpo do Exército norte-americano, tornando-se amigo de diversos oficiais brasileiros, especialmente do general Mascarenhas de Morais e do coronel Humberto Castelo Branco.”

    “Voltou ao Brasil em 1962, como adido militar da embaixada norte-americana. Em 1963, ano em que as iniciativas reformistas do presidente João Goulart se intensificaram, Walters manteve Washington a par dos acontecimentos, valendo-se para tanto de suas ligações pessoais bastante estreitas com oficiais brasileiros que haviam lutado na Itália.”
     “Em março de 1964 cooperou ativamente com as articulações que levaram à deposição de Goulart. No dia 23 comunicou ao embaixador Lincoln Gordon que o general Castelo Branco, chefe do Estado-Maior do Exército, assumira a liderança da conspiração contra o governo. Deflagrado o movimento contra Goulart, no dia 31 o governo norte-americano enviou o porta-aviões Forrestal e destróieres de apoio em direção às águas brasileiras.”
     “Walters permaneceu como adido militar no Brasil até 1967, devido à sua longa experiência em assuntos políticos do país e sua amizade com vários dos novos governantes, inclusive o presidente Castelo Branco (1964-1967).

     O NOME : VERNON WALTERS.MAS PODEM CHAMÁ-LO DE CAPETA,DIACHO,MEQUETREFE
    Geneton.com.br

    “Walters faria reminiscências pessoais sobre o amigo Castelo Branco. Os dois se conheceram nos campos de batalha na Itália,na Segunda Guerra. O primeiro militar a ocupar o poder depois do golpe de 64 chamou Walters para um almoço – a dois - no dia em que assumiu a Presidência da República. A deferência dá uma idéia da proximidade entre os dois.

    “Quando estava na Guerra do Vietnam, Walters soube da morte de Castelo Branco,num acidente de avião. Não teve dúvida: ordenou ao capelão que rezasse uma missa pelo brasileiro,numa base militar, em meio ao conflito no sudeste asiático.



    A mentira e a imprensa dos EUA

    resistir.info
    http://resistir.info/eua/alarcon_media.html
     “Apesar de tudo Kelley vive num país onde a mentira e o engano são praticados como algo natural, dia e noite, desde a Casa Branca até abaixo, por uma administração que tem alergia mortal à verdade. Mentiram acerca do pior ataque terrorista já sofrido pelo povo norte-americano, mentiram perante o mundo inteiro para desencadear o terror e a guerra por toda a parte e mentem constantemente para perpetuar uma política insensata. Seguindo o exemplo dos seus dirigentes políticos, os executivos de grandes empresas adulteram números, enganam os accionistas e o Estado e enriquecem-se ilegalmente. Os escândalos de uns e outros inundam as redacções de uma imprensa que conta, naturalmente, entre os seus membros alguns dos mais notáveis farsantes, que mentiram sob juramento perante o mesmíssimo Congresso, como Oliver North e certos assaltantes do Watergate que agora são orientadores da opinião pública.” 


    Diários de RPG - Explicação


    Reservei esse post para explicação do modelo que usarei ao narrar as aventuras de alguns personagens que interpretarei em mesas de RPG.

    A narrativa se destinará, basicamente, a uma espécie de diário imaginário narrado em primeira pessoa que revelará os pensamentos e conflitos internos dos personagens enquanto a aventura é contada.

    O diário é algo completamente paralelo ao jogo: Não existe naquele mundo, e o personagem não dedica tempo nem esforço a ele. Trata-se de algo completamente abstrato como o desabafo de um subconsciente inexistente. Um modelo irreal, tal como o adotado por Machado de Assis nas “Memórias Póstumas de Brás Cubas”. Porém, com uma grande diferença: O narrador não se sente em uma condição especial. Brás Cubas narra suas experiências após sua morte, e, deliberadamente, goza das vantagens dessa condição. Em suas narrativas meus personagens se mostrarão tão – ou mais – vulneráveis e sensíveis quanto nos momentos de apuros por eles relatados.

    Os personagens/narradores estão convictos de que suas narrativas jamais se tornarão públicas. Quem sabe reveladas a um seleto grupo de pessoas próximas, em algum futuro indeterminado. Não é assim que nos sentimos quando nos encontramos oprimidos pelos cantos de parede, isolados, no meio de uma tempestade de razões e pensamentos que nos fazem sentir ainda mais só? Quase somos dominados por uma vontade gritar, expor o que vemos, o que pensamos, o que sentimos. Mas se - os outros - tivessem a capacidade de entender o que temos a mostrar, não estaríamos em tal situação.

    Situações narradas por nós para nós mesmos, como se fossemos mostrar para mais alguém, mas, com a certeza de que isso nunca acontecerá.

    Momentos de isolamento, com fortes sentimentos, idéias extraordinárias, toda uma magia que nunca revelamos – qualquer tentativa de fazê-lo seria vã. Momentos que são a minha inspiração para seguir esse modelo de narrativa. Não conseguirei trazer a pompa e a dramaticidade de muitos desses momentos – até por que esse não é o único foco da narrativa – mas darei o máximo de mim.